Meus atos me pertencem. Só eu sou responsável pelo que penso, sinto ou faço.
Só eu, e mais ninguém, pode permitir que alguém me roube a paz ou perturbe a minha tranquilidade.
Sendo assim, aceitar provocações ou deixar que fiquem com quem as me oferece, é uma decisão que cabe exclusivamente a mim... A cada um de nós.
Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar o zen budismo aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro – conhecido por sua total falta de escrúpulos – apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante.
O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo, e aumentar sua fama.
Todos os estudantes se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio.
Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos – ofendendo inclusive seus ancestrais.
Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.
No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados pelo fato de que o mestre aceitara tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:
“Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?”
“Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?”, perguntou o samurai.
“A quem tentou entregá-lo”, respondeu um dos discípulos.
“O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos”, disse o mestre. “Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo”.
"A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas só podem lhe tirar a calma se você permitir..."
A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododentros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.
- Cecília Meireles -
Texto do livro: "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998.
"...escrever é perder-se no mar. É descobrir a história não contada a si mesmo, e tentá-la dividir com os outros. É reconhecer-se no momento de mostrar as pessoas que nunca vi, o que existe na minha alma."
- Paulo Coelho - Trecho do Livro El Zahir.
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Verdades ditas em "Pássaro Perdido e O Dedo de Quevedo."
Sou considerada a Bruxa Arian, a bruxa do Amor e da Sabedoria, represento os elementos Ar e Água. Igualmente a bruxa da reencarnação, do tempo cósmico, do carma, da Lua Cheia dos namorados e a Grande Mãe Frutuosa. Sou a bruxa de poder e autoridade feminina.
Vivo no meu reino estelar, Caer Arianrhod, na constelação Corona Borealis, onde fica meu palácio, com minhas sacerdotisas é de lá que decido o destino dos mortos, carregando-os para a Lua ou para a sua constelação. Sou a bruxa portanto, doadora de vida e administradora da morte.
Possuo os poderes da coruja, que através de seus olhos vê o subconsciente da alma humana. Simbolizo a morte, renovação, sabedoria, a magia da lua e as iniciações. Portanto, sou Silvania Ariane Nunes...
Sobre mim, o meu mundo é cheio de encαntos.
Cheio de pessoαs especiαis, de pessoαs que não vαlem o chão que pisαm, de pessoαs eternαmente guαrdαdαs nele, de pessoαs que já sαírαm dele e não fαzem fαltα,
mαs também de pessoαs que forαm emborα e fαzem umα fαltα imensα.
O meu mundo é constituído de sonhos, de muito cαrinho e αmizαde, e de, sobretudo, de αmor.
Um αmor imenso com todos os seres que vivem nele.
O tempo é muito lento para os que esperam Muito rápido para os que tem medo Muito longo para os que lamentam Muito curto para os que festejam Mas, para os que amam, o tempo é eterno.William Shakespeare
Presentes
Recebi esse selo do meu amigo, amado Bruxo "Pensamentos de um Bruxo". Obrigada meu anjo amigo!!!Selo BEAUTIFUL BLOGGER AWARD...recebi da minha amiga "Felina Mulher". Obrigada querida Felina!